Você sabe que tipo de conteúdo o seu filho vê quando está conectado à internet? De que forma ele está protegido para não ter acesso a cenas de violência, pornografia e não ser mais uma vítima de pedofilia? Que tipo de orientação deve ser dada às crianças e adolescentes para que a internet seja usada de forma segura e confiável?
Questionamentos desse tipo nem sempre passam pela nossa mente, mas hoje, Dia da Internet Segura no Brasil, é uma boa data para a gente refletir sobre o assunto. O tema da campanha em 2012 é "Conectando gerações e ensinando uns aos outros: descobrindo o mundo digital juntos... com segurança", e a ideia dessa data é uma só: reunir o máximo de pessoas possível em torno da questão para ajudar a promover o uso seguro e responsável da internet.
A iniciativa, que ocorre todos os anos e mobiliza mais de 70 países, foi chttp://www.blogger.com/img/blank.gifriada pela Rede Insafe, que agrupa organizações que trabalham na promoção do uso consciente da internet nos países da União Européia.
No Brasil, a Safernet e o Ministério Público sempre estão atuando em conjunto não apenas para promover o dia de hoje, mas principalmente para ajudar a fomentar o hábito de orientar as crianças e adolescentes sobre o mundo virtual.
No site da campanha http://www.diadainternetsegura.org.br, há desenhos, jogos e vídeos sobre o tema. Encontre uma forma divertida de falar sobre segurança na internet com as crianças!
Consciência Agora
Abra os olhos. Você gosta do que vê ao seu redor? Eu não! Então, doe-se um pouco a cada dia!
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Você é ou não um idiota em relação à política?
Mário Sérgio Cortella e Renato Janine Ribeiro são dois filósofos - dos melhores que a academia brasileira já produziu. Recentemente, comprei um livro de autoria de ambos e o estou lendo aos poucos, ruminando o ensinamento de cada frase, alimentando-me de leve a cada pensamentoo abocanhado na obra "POLÍTICA - Para não ser idiota", publicada pela editora Papirus.
Sempre gostei de política, de ler sobre o tema e de acompanhar os cenários que a mesma nos oferece. A maioria dos brasileiros, porém, relaciona-se com a temática agindo como perfeito idiota - no conceito original do termo.
Segundo a obra de Cortella e Janine, a expressão idiótes, em grego, significa "aquele que só vive a vida privada, que recusa a política, que diz não à política". Na atualidade, porém, houve uma inversão do conceito e o que há por aí são pessoas falando 'Não me meto em política' ou "política é coisa de idiota".
Não há como condenar ninguém por ter aversão à política e querer distância de tudo o que se relaciona ao tema. A "filosofia" do jeitinho brasileiro, a Lei de Gerson, o toma-lá-dá-cá quase que diário nos plenários e gabinetes do país, além das cada vez mais presentes denúncias sobre casos de corrupção fazem com que os cidadãos ignorem totalmente a política. E percam o interesse por tudo o que dela se extrai.
Como um furúnculo que chega a seu ponto de maturação e explode, lançando ao ar fétidos Sarneys, Agnelos, José Dirceus e que tais, a política brasileira cada vez mais deixa seu odor pesado por onde passa. Você pode até levar a mão ao nariz para não sentir de perto o que daí advém, mas as consequências da politicalha lhe alcançam.
Esse modo espúrio de fazer política nos atinge em cheio. Afeta o que deveríamos receber em troca dos tributos que pagamos. Rouba-nos, dia, noite e madrugada, a dignidade de cidadãos. E destroi - negociata a negociata - o pouco de crença que ainda tínhamos nos processos democráticos e na história dos homens e mulheres eleitos para nos representar.
Quem tem as mãos e a ficha política nada limpas gasta verbo no plenário para se dizer de coração puro. E até empenha toda a água sanitária possível para tentar exibir uma vida branca, sem uma mancha de aleivosia. Quem foi eleito com o discurso da igualdade e sob as promessas de "dias melhores virão", enrosca-se nas teias da mesmice, da arrogância travestida de democracia.
No meio disso tudo, a população se perde. Tudo o que enxerga a olho nu não corresponde à ideia mais abrangente de política. E assim fica difícil compreender a conexão entre liberdade, democracia e política, como destaca Cortella. "Vale lembrar que, para a própria sociedade grega - nossa mãe antiga, idosa, agora um pouco desprezada - não haveria liberdade fora da política. Quer dizer, o idiota não é livre porque toma conta do próprio nariz, pois só é livre aquele que se envolve na vida pública, na vida coletiva".
Como se dedicar à vida e à liberdade pessoal, algo essencial, e também cuidar do coletivo? Como não fazer parte da máxima "os ausentes nunca têm razão" e que hoje representa uma expressão forte da presença política?
Para dar margem a mais reflexões, encerro com uma provocação de Cortella.
"Política é encargo ou patrimônio para mim, para o jovem, para o outro? A política de ação, não só a política do cotidiano - no condomínio, na escola, na família, no bairro, na ONG, no sindicato - , mas a política como atividade e vida pública, não necessariamente partidária, exige participação. Não fazê-la é algo que, a meu ver, indica alienação. (...) No meu entender, exige certa falta de responsabilização aparente, pois considero que se supor alheio à política é alienação, e não uma decisão consciente. Isto é, não votar pode ser uma decisão consciente, assim como anular o voto, quando tal decisão é amparada por argumentos de natureza política. mas não ir a um debate ou a uma assembleia muitas vezes é mero sintoma de alienação, não o resultado de uma decisão consciente. Portanto, não fazer política nem sempre é uma ação consciente. E penso que a educação deve lidar com isso, especialmente a educação escolar e a que se realiza pela mídia".
Sempre gostei de política, de ler sobre o tema e de acompanhar os cenários que a mesma nos oferece. A maioria dos brasileiros, porém, relaciona-se com a temática agindo como perfeito idiota - no conceito original do termo.
Segundo a obra de Cortella e Janine, a expressão idiótes, em grego, significa "aquele que só vive a vida privada, que recusa a política, que diz não à política". Na atualidade, porém, houve uma inversão do conceito e o que há por aí são pessoas falando 'Não me meto em política' ou "política é coisa de idiota".
Não há como condenar ninguém por ter aversão à política e querer distância de tudo o que se relaciona ao tema. A "filosofia" do jeitinho brasileiro, a Lei de Gerson, o toma-lá-dá-cá quase que diário nos plenários e gabinetes do país, além das cada vez mais presentes denúncias sobre casos de corrupção fazem com que os cidadãos ignorem totalmente a política. E percam o interesse por tudo o que dela se extrai.
Como um furúnculo que chega a seu ponto de maturação e explode, lançando ao ar fétidos Sarneys, Agnelos, José Dirceus e que tais, a política brasileira cada vez mais deixa seu odor pesado por onde passa. Você pode até levar a mão ao nariz para não sentir de perto o que daí advém, mas as consequências da politicalha lhe alcançam.
Esse modo espúrio de fazer política nos atinge em cheio. Afeta o que deveríamos receber em troca dos tributos que pagamos. Rouba-nos, dia, noite e madrugada, a dignidade de cidadãos. E destroi - negociata a negociata - o pouco de crença que ainda tínhamos nos processos democráticos e na história dos homens e mulheres eleitos para nos representar.
Quem tem as mãos e a ficha política nada limpas gasta verbo no plenário para se dizer de coração puro. E até empenha toda a água sanitária possível para tentar exibir uma vida branca, sem uma mancha de aleivosia. Quem foi eleito com o discurso da igualdade e sob as promessas de "dias melhores virão", enrosca-se nas teias da mesmice, da arrogância travestida de democracia.
No meio disso tudo, a população se perde. Tudo o que enxerga a olho nu não corresponde à ideia mais abrangente de política. E assim fica difícil compreender a conexão entre liberdade, democracia e política, como destaca Cortella. "Vale lembrar que, para a própria sociedade grega - nossa mãe antiga, idosa, agora um pouco desprezada - não haveria liberdade fora da política. Quer dizer, o idiota não é livre porque toma conta do próprio nariz, pois só é livre aquele que se envolve na vida pública, na vida coletiva".
Como se dedicar à vida e à liberdade pessoal, algo essencial, e também cuidar do coletivo? Como não fazer parte da máxima "os ausentes nunca têm razão" e que hoje representa uma expressão forte da presença política?
Para dar margem a mais reflexões, encerro com uma provocação de Cortella.
"Política é encargo ou patrimônio para mim, para o jovem, para o outro? A política de ação, não só a política do cotidiano - no condomínio, na escola, na família, no bairro, na ONG, no sindicato - , mas a política como atividade e vida pública, não necessariamente partidária, exige participação. Não fazê-la é algo que, a meu ver, indica alienação. (...) No meu entender, exige certa falta de responsabilização aparente, pois considero que se supor alheio à política é alienação, e não uma decisão consciente. Isto é, não votar pode ser uma decisão consciente, assim como anular o voto, quando tal decisão é amparada por argumentos de natureza política. mas não ir a um debate ou a uma assembleia muitas vezes é mero sintoma de alienação, não o resultado de uma decisão consciente. Portanto, não fazer política nem sempre é uma ação consciente. E penso que a educação deve lidar com isso, especialmente a educação escolar e a que se realiza pela mídia".
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
ONU contrata jornalista para atuar em portal e redes sociais
A ONU Mulheres Brasil e Cone Sul está realizando um processo de seleção para contratação de jornalista. O profissional terá a responsabilidade de alimentar, produzir, atualizar e produzir conteúdos para as plataformas digitais do projeto Quebre o Ciclo. A data limite para envio de propostas é domingo, 25 de setembro.
A oportunidade exige graduação em Jornalismo e conhecimento das temáticas gênero e violência de gênero, de preferência sobre a Lei Maria da Penha. Também é solicitada experiência comprovada em redação (veículos de comunicação) e/ou na gestão de conteúdos para web, assim como em ferramentas de interatividade em redes sociais (facebook, twitter e youtube).
Conhecimentos de informática (MS Office), internet e web 2.0 (sites, blogs, redes sociais e newsletters), entre outros requisitos, estão entre as habilidades necessárias para a vaga. Para mais informações, consulte Termo de Referência.
As pessoas interessadas deverão enviar currículo com o valor mensal correspondente ao serviço da consultoria e o formulário Personal History Form, acompanhado dos documentos solicitados no edital, para giane.boselli@unwomen.org, contendo no assunto da mensagem “Consultoria Jornalista Quebre o Ciclo”.
(Com informações da assessoria de imprensa)
A oportunidade exige graduação em Jornalismo e conhecimento das temáticas gênero e violência de gênero, de preferência sobre a Lei Maria da Penha. Também é solicitada experiência comprovada em redação (veículos de comunicação) e/ou na gestão de conteúdos para web, assim como em ferramentas de interatividade em redes sociais (facebook, twitter e youtube).
Conhecimentos de informática (MS Office), internet e web 2.0 (sites, blogs, redes sociais e newsletters), entre outros requisitos, estão entre as habilidades necessárias para a vaga. Para mais informações, consulte Termo de Referência.
As pessoas interessadas deverão enviar currículo com o valor mensal correspondente ao serviço da consultoria e o formulário Personal History Form, acompanhado dos documentos solicitados no edital, para giane.boselli@unwomen.org, contendo no assunto da mensagem “Consultoria Jornalista Quebre o Ciclo”.
(Com informações da assessoria de imprensa)
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terça-feira, 20 de setembro de 2011
Blog lança concurso de cartaz em defesa da transparência e contra a corrupção
Se você é designer, artista gráfico, publicitário, arquiteto, estudante ou tem uma ideia original... Que tal participar da 1ª edição do concurso Cartaz Aberto? As inscrições vão até 31 de outubro, e os interessados devem fazer um cartaz sobre o tema “corrupção”. O projeto de design tem o objetivo de promover uma competição de cartazes, focadhttp://www.blogger.com/img/blank.gifa em problemas sociais.
O autor da peça vencedora tem direito a uma tiragem de até 2.000 impressões de seu cartaz, que serão distribuídas pelo Brasil, um título de premiação e uma coleção de livros de arte, design e tipografia da editora Altamira. O resultado do concurso será divulgado no site do Cartaz Aberto até o dia 11 de novembro. Infohttp://www.blogger.com/img/blank.gifrmações completas sobre o concurso estão no site www.cartazaberto.com.br
Os jurados selecionarão os cartazes que farão parte da galeria do site do Cartaz Aberto e poderão ainda premiar com menção honrosa outros trabalhos. O júri será composto por seis profissionais de destaque da área de design gráfico e do meio acadêmico brasileiro, entre eles o designer Kito Castanha. Kito é diretor da Tre Comunicação e referência em criação de marca e identidade visual.
De acordo com ele, um dos pontos importantes do concurso é o estimulo e a valorização da produção dessa peça gráfica. “O concurso é uma oportunidade de usar a criatividade em favor da sociedade”, afirma.
(Com informações da assessoria de imprensa)
O autor da peça vencedora tem direito a uma tiragem de até 2.000 impressões de seu cartaz, que serão distribuídas pelo Brasil, um título de premiação e uma coleção de livros de arte, design e tipografia da editora Altamira. O resultado do concurso será divulgado no site do Cartaz Aberto até o dia 11 de novembro. Infohttp://www.blogger.com/img/blank.gifrmações completas sobre o concurso estão no site www.cartazaberto.com.br
Os jurados selecionarão os cartazes que farão parte da galeria do site do Cartaz Aberto e poderão ainda premiar com menção honrosa outros trabalhos. O júri será composto por seis profissionais de destaque da área de design gráfico e do meio acadêmico brasileiro, entre eles o designer Kito Castanha. Kito é diretor da Tre Comunicação e referência em criação de marca e identidade visual.
De acordo com ele, um dos pontos importantes do concurso é o estimulo e a valorização da produção dessa peça gráfica. “O concurso é uma oportunidade de usar a criatividade em favor da sociedade”, afirma.
(Com informações da assessoria de imprensa)
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A triste história das mulheres escalpeladas da Amazônia
Você já ouviu falar sobre as mulheres escalpeladas da Amazônia? É uma história triste e que merece mais atenção de todos os brasileiros. Saiba mais lendo o artigo abaixo, da deputada federal Janete Capiberibe, mulher guerreira que conheci pessoalmente quando trabalhei no Amapá.
O DRAMA DAS MULHERES ESCALPELADAS
Por Janete Capiberibe (PSB-AP)
O escalpelamento já se tornou um caso de saúde pública na região amazônica. Por isso, além da prevenção, o combate a esse tipo de acidente passa também por medidas sócio-econômicas de atendimento às vítimas.
Além de terem suas vidas praticamente destruídas, elas são vítimas novamente, desta vez, do preconceito. Suas chances no mercado de trabalho diminuem, pois têm sua capacidade física reduzida.
Alguns trabalhos simples como passar roupa, manipular produtos com cheiros fortes e ficar ao ar livre – elas não podem tomar sol – restringem ainda mais suas chances no mercado de trabalho. Por isso como deputada federal, lutei e continuo a luta para ajudar esses homens, mulheres e crianças esquecidas pela grande maioria da população brasileira.
Esse tipo de acidente é, infelizmente, comum nos estados do Amapá e no Pará e ocorre com maior freqüência na foz do Amazonas. O Estado do Amapá tem sua economia baseada na pesca, na pecuária e no extrativismo mineral e vegetal. Para muitas cidades amapaenses, as embarcações constituem o único meio de locomoção e por isso o transporte ribeirinho é tão importante para a subsistência de sua população.
Homens, mulheres e crianças podem ser escalpeladas numa simples viagem de barco para o trabalho ou a lazer. O escalpelamento ocorre quando o cabelo enrosca e é puxado e arrancado por motores de grande rotação e sem proteção. Além de escalpelar, esses motores também podem arrancar orelhas, sobrancelhas e enormes partes da pele do rosto e do pescoço, provocando deformações graves e até a morte.
Recentemente ficou definido que no próximo mês de outubro, 94 vítimas, no Amapá, passarão por uma avaliação médica, feita por uma equipe de cirurgiões, membros da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, para especificar que tipo de operação corretiva cada uma delas precisa.
A segunda etapa do mutirão consiste na execução dos procedimentos, com data ainda a ser definida, mas ainda no segundo semestre deste ano. Além disso, será feita a reinserção dessas vítimas no mercado de trabalho. A medida consiste no levantamento da demanda de mão de obra especializada e a capacitação das vítimas de acordo com o mercado.
Segundo a Associação das Mulheres Ribeirinhas Vítimas de Escalpelamento (AMRVEA) esses acidentes vitimam principalmente as mulheres, das quais 65% são crianças. Ouvindo o apelo das vítimas, especialmente mulheres e meninas ribeirinhas, o Congresso Nacional aprovou a Lei 11.970/2009, de minha autoria, que obriga a instalação de uma proteção no eixo e no volante do motor estacionário adaptado para movimentar as embarcações de pequeno e médio porte.
A maior parte destas é construída de forma rudimentar, deixando exposto o eixo que gira a hélice do motor. Graças a essa lei já foram instaladas 1.050 proteções em barcos nas cidades de Macapá e Santana, no Arquipélago do Bailique e em Laranjal do Jari.
A Lei se tornou um referencial de ação concreta contra essa tragédia, mas temos outros avanços, como a cirurgia reparadora, o seguro e a capacitação obtidos com o esforço e a participação das mulheres. Vamos avançar mais; para isso, estou solicitando ao Governo Federal que retome o grupo de trabalho no gabinete da presidente e tratando da segurança com a Frente pela Navegação Fluvial Segura na Amazônia. Mas precisamos ainda conscientizar cada vez mais os usuários e proprietários de embarcações para que o número de acidentes seja drasticamente reduzido.
É preciso lembrar que o estado do Amapá pertence ao Brasil e sua população é composta por brasileiros. Fingir que o problema do escalpelamento não diz respeito a todos é ter a mesma atitude do avestruz que enfia a cabeça na terra para fugir do seu inimigo.
O DRAMA DAS MULHERES ESCALPELADAS
Por Janete Capiberibe (PSB-AP)
O escalpelamento já se tornou um caso de saúde pública na região amazônica. Por isso, além da prevenção, o combate a esse tipo de acidente passa também por medidas sócio-econômicas de atendimento às vítimas.
Além de terem suas vidas praticamente destruídas, elas são vítimas novamente, desta vez, do preconceito. Suas chances no mercado de trabalho diminuem, pois têm sua capacidade física reduzida.
Alguns trabalhos simples como passar roupa, manipular produtos com cheiros fortes e ficar ao ar livre – elas não podem tomar sol – restringem ainda mais suas chances no mercado de trabalho. Por isso como deputada federal, lutei e continuo a luta para ajudar esses homens, mulheres e crianças esquecidas pela grande maioria da população brasileira.
Esse tipo de acidente é, infelizmente, comum nos estados do Amapá e no Pará e ocorre com maior freqüência na foz do Amazonas. O Estado do Amapá tem sua economia baseada na pesca, na pecuária e no extrativismo mineral e vegetal. Para muitas cidades amapaenses, as embarcações constituem o único meio de locomoção e por isso o transporte ribeirinho é tão importante para a subsistência de sua população.
Homens, mulheres e crianças podem ser escalpeladas numa simples viagem de barco para o trabalho ou a lazer. O escalpelamento ocorre quando o cabelo enrosca e é puxado e arrancado por motores de grande rotação e sem proteção. Além de escalpelar, esses motores também podem arrancar orelhas, sobrancelhas e enormes partes da pele do rosto e do pescoço, provocando deformações graves e até a morte.
Recentemente ficou definido que no próximo mês de outubro, 94 vítimas, no Amapá, passarão por uma avaliação médica, feita por uma equipe de cirurgiões, membros da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, para especificar que tipo de operação corretiva cada uma delas precisa.
A segunda etapa do mutirão consiste na execução dos procedimentos, com data ainda a ser definida, mas ainda no segundo semestre deste ano. Além disso, será feita a reinserção dessas vítimas no mercado de trabalho. A medida consiste no levantamento da demanda de mão de obra especializada e a capacitação das vítimas de acordo com o mercado.
Segundo a Associação das Mulheres Ribeirinhas Vítimas de Escalpelamento (AMRVEA) esses acidentes vitimam principalmente as mulheres, das quais 65% são crianças. Ouvindo o apelo das vítimas, especialmente mulheres e meninas ribeirinhas, o Congresso Nacional aprovou a Lei 11.970/2009, de minha autoria, que obriga a instalação de uma proteção no eixo e no volante do motor estacionário adaptado para movimentar as embarcações de pequeno e médio porte.
A maior parte destas é construída de forma rudimentar, deixando exposto o eixo que gira a hélice do motor. Graças a essa lei já foram instaladas 1.050 proteções em barcos nas cidades de Macapá e Santana, no Arquipélago do Bailique e em Laranjal do Jari.
A Lei se tornou um referencial de ação concreta contra essa tragédia, mas temos outros avanços, como a cirurgia reparadora, o seguro e a capacitação obtidos com o esforço e a participação das mulheres. Vamos avançar mais; para isso, estou solicitando ao Governo Federal que retome o grupo de trabalho no gabinete da presidente e tratando da segurança com a Frente pela Navegação Fluvial Segura na Amazônia. Mas precisamos ainda conscientizar cada vez mais os usuários e proprietários de embarcações para que o número de acidentes seja drasticamente reduzido.
É preciso lembrar que o estado do Amapá pertence ao Brasil e sua população é composta por brasileiros. Fingir que o problema do escalpelamento não diz respeito a todos é ter a mesma atitude do avestruz que enfia a cabeça na terra para fugir do seu inimigo.
Cidades Limpas
Recebi o artigo abaixo de Pedro Cardoso da Costa e o achei extremamente importante para ser divulgado aqui. Confiram!
A sociedade brasileira convive com muitos problemas insolúveis e a sujeira das cidades deste país é mais um secular. A maioria ainda joga de tudo nas ruas, uns pela falta de consciência, outros por não importar consigo nem com os demais. A questão, como sempre, seria descobrir como implementar ações eficazes de conscientização de todos.
Existem medidas que caberiam a todas as esferas de governo. Outras, específicas a alguns. A limpeza, conservação e fiscalização no despejo de dejetos nos rios, bacias e praias caberiam aos governos federal e estaduais.
O governo federal deveria desenvolver política nacional de reciclagem obrigatória de embalagens de produtos químicos e radiativos. Criar regulamentação para obrigar os comerciantes à utilização de embalagens biodegradáveis, especialmente de sacolas de mercado e do comércio em geral.
Os governos estaduais deveriam desenvolver campanhas de conscientização sobre o Meio Ambiente nas escolas. Essa abordagem deveria ser bem ampla. Desde a fabricação, a distribuição e reaproveitamento corretos de embalagens. Todo estabelecimento público deveria ser local adequado de reciclagem.
As prefeituras deveriam retirar somente materiais inorgânicos, em dias definidos previamente; noutros, o orgânico. Orientar às pessoas que, ao lavarem a louça, lavem e deixem secar os recipientes vazios, que todos denominam de lixo. Já o material orgânico deveria ser destinado à produção de adubo, que poderia ser vendido, e até doado, a moradores para utilização em jardins, hortas e culturas em geral. Preparar fiscais para punir com rigor e de forma imediata moradores que misturassem o material.
Empresas, igrejas, sindicatos, ongs, poderiam desenvolver campanhas educativas internas destinadas aos membros e funcionários. Bancos, lojas, bares e quaisquer casas comerciais poderiam limpar as ruas junto ao meio-fio e calçadas dos seus estabelecimentos.
Os próprios funcionários poderiam retirar imediatamente papel de bala, borracha de chiclete, ponta de cigarro e todo objeto pequeno toda vez que um transeunte deseducado jogasse. Poderiam realizar palestras para funcionários e, também, deveriam colocar frases como NUNCA JOGUE LIXO Nas ruas, nas sacolinhas, nos saquinhos e nos tíquetes fiscais.
Poucas fazem alguma coisa efetiva e permanente e todas culpam a prefeitura da cidade. Orientar os consumidores a só comprarem em estabelecimentos limpos completamente. As escolas precisam ampliar o conceito de educar. Após um ano, toda criança já deveria ter assimilado que sujar as ruas e cuspir no chão são gestos de pessoas mal educadas.
A imprensa deveria valorar mais a educação. São necessárias campanhas permanentes no rádio, na televisão, em outdoors, em terminais de ônibus, no metrô.
Numa cidade de milhões de habitantes, qualquer objeto jogado na rua perfaz toneladas de sujeira, capaz de entupir bueiros, gerar enchentes e matar pessoas. A cada chuva mais intensa a cena de móveis arrastados se repete na televisão. As mesmas pessoas somente culpam as autoridades, mas não são capazes de entender que contribuem para a destruição de suas próprias casas.
Jogar lixo nas vias públicas está arraigado na nossa cultura. Todos jogam, independentemente do nível social e educacional. O objetivo desse argumento não seria atacar gratuitamente as pessoas, mas de conseguir solucionar. Para tanto, seria necessário que cada cidadão sentisse agente responsável pela preservação das cidades.
Recicle todo material. Lave-os e deixe-os secar. Numa semana, verifique quanto material se joga fora desnecessariamente. Basta reservar uma gaveta do armário para plásticos finos e numa caixa de sapato guardar os papéis pequenos. Depois, os entregue num posto de coleta seletiva. Repita-se: o lixo que você joga na rua pode contribuir para que a enxurrada carregue e até mate pessoas!
Limpar as ruas dia-a-dia não tem resolvido! Atribuir sujeira à pobreza é um equívoco cometido pela grande maioria. Poder-se-ia viver num país pobre, porém limpo!
(Baseado no livro Cultura da Sujeira).
A sociedade brasileira convive com muitos problemas insolúveis e a sujeira das cidades deste país é mais um secular. A maioria ainda joga de tudo nas ruas, uns pela falta de consciência, outros por não importar consigo nem com os demais. A questão, como sempre, seria descobrir como implementar ações eficazes de conscientização de todos.
Existem medidas que caberiam a todas as esferas de governo. Outras, específicas a alguns. A limpeza, conservação e fiscalização no despejo de dejetos nos rios, bacias e praias caberiam aos governos federal e estaduais.
O governo federal deveria desenvolver política nacional de reciclagem obrigatória de embalagens de produtos químicos e radiativos. Criar regulamentação para obrigar os comerciantes à utilização de embalagens biodegradáveis, especialmente de sacolas de mercado e do comércio em geral.
Os governos estaduais deveriam desenvolver campanhas de conscientização sobre o Meio Ambiente nas escolas. Essa abordagem deveria ser bem ampla. Desde a fabricação, a distribuição e reaproveitamento corretos de embalagens. Todo estabelecimento público deveria ser local adequado de reciclagem.
As prefeituras deveriam retirar somente materiais inorgânicos, em dias definidos previamente; noutros, o orgânico. Orientar às pessoas que, ao lavarem a louça, lavem e deixem secar os recipientes vazios, que todos denominam de lixo. Já o material orgânico deveria ser destinado à produção de adubo, que poderia ser vendido, e até doado, a moradores para utilização em jardins, hortas e culturas em geral. Preparar fiscais para punir com rigor e de forma imediata moradores que misturassem o material.
Empresas, igrejas, sindicatos, ongs, poderiam desenvolver campanhas educativas internas destinadas aos membros e funcionários. Bancos, lojas, bares e quaisquer casas comerciais poderiam limpar as ruas junto ao meio-fio e calçadas dos seus estabelecimentos.
Os próprios funcionários poderiam retirar imediatamente papel de bala, borracha de chiclete, ponta de cigarro e todo objeto pequeno toda vez que um transeunte deseducado jogasse. Poderiam realizar palestras para funcionários e, também, deveriam colocar frases como NUNCA JOGUE LIXO Nas ruas, nas sacolinhas, nos saquinhos e nos tíquetes fiscais.
Poucas fazem alguma coisa efetiva e permanente e todas culpam a prefeitura da cidade. Orientar os consumidores a só comprarem em estabelecimentos limpos completamente. As escolas precisam ampliar o conceito de educar. Após um ano, toda criança já deveria ter assimilado que sujar as ruas e cuspir no chão são gestos de pessoas mal educadas.
A imprensa deveria valorar mais a educação. São necessárias campanhas permanentes no rádio, na televisão, em outdoors, em terminais de ônibus, no metrô.
Numa cidade de milhões de habitantes, qualquer objeto jogado na rua perfaz toneladas de sujeira, capaz de entupir bueiros, gerar enchentes e matar pessoas. A cada chuva mais intensa a cena de móveis arrastados se repete na televisão. As mesmas pessoas somente culpam as autoridades, mas não são capazes de entender que contribuem para a destruição de suas próprias casas.
Jogar lixo nas vias públicas está arraigado na nossa cultura. Todos jogam, independentemente do nível social e educacional. O objetivo desse argumento não seria atacar gratuitamente as pessoas, mas de conseguir solucionar. Para tanto, seria necessário que cada cidadão sentisse agente responsável pela preservação das cidades.
Recicle todo material. Lave-os e deixe-os secar. Numa semana, verifique quanto material se joga fora desnecessariamente. Basta reservar uma gaveta do armário para plásticos finos e numa caixa de sapato guardar os papéis pequenos. Depois, os entregue num posto de coleta seletiva. Repita-se: o lixo que você joga na rua pode contribuir para que a enxurrada carregue e até mate pessoas!
Limpar as ruas dia-a-dia não tem resolvido! Atribuir sujeira à pobreza é um equívoco cometido pela grande maioria. Poder-se-ia viver num país pobre, porém limpo!
(Baseado no livro Cultura da Sujeira).
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quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Casa Pequeno Davi convida para brechó
Gente, recebi hoje um convite muito legal da Casa Pequeno Davi.
A entidade vai realizar um brechó no dia 16 deste mês e você pode participar, comprando ou vendendo algum produto.
Se o seu produto for comercializado, você colabora com um percentual de 20% para a instituição, que atende crianças e adolescentes em João Pessoa.
Claro, você também pode doar aquele objeto que não usa mais, porém continua em bom estado, para ser revertido em benefício da Casa Pequeno Davi.
Veja o convite abaixo e se anime para participar!
A entidade vai realizar um brechó no dia 16 deste mês e você pode participar, comprando ou vendendo algum produto.
Se o seu produto for comercializado, você colabora com um percentual de 20% para a instituição, que atende crianças e adolescentes em João Pessoa.
Claro, você também pode doar aquele objeto que não usa mais, porém continua em bom estado, para ser revertido em benefício da Casa Pequeno Davi.
Veja o convite abaixo e se anime para participar!
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