Após a conclusão e publicação do caderno temático “Brasil Ponto a Ponto: Consulta Pública”, a equipe do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), prepara nova pesquisa.
As 500 mil pessoas que participaram da primeira etapa dos trabalhos elegeram o tema VALORES para a nova fase do levantamento, e agora, mais uma vez, um grupo de pesquisadores vai rodar o país para fazer entrevistas qualitativas. Elas embasarão o perfil dos valores dos brasileiros. Esta fase do trabalho conta com a colaboração do Instituto Paulo Montenegro, ligado ao Ibope, e vai ouvir 4004 pessoas em todo o país.
Com base nos resultados dessa pesquisa, será possível ter uma ideia de onde se concentra a população mais hedonista, onde as pessoas são mais autocentradas, qual região é mais conservadora, quem é mais aberto e assim por diante.
A pesquisa também vai apontar, de certa maneira, como esses valores são formados em cada um dos Estados do Brasil. No trabalho de campo que resultou no Brasil "Ponto a Ponto", o questionário era bastante aberto e tinha como objetivo apenas ouvir da população uma resposta à pergunta “O que você acha que precisa mudar no Brasil para sua vida melhorar de verdade?”
Nem mesmo a identificação do entrevistado era obrigatória. Agora, nesta nova etapa do levantamento, as perguntas são mais fechadas e os resultados, convertidos em escalas e tabulados pelo MackGeval, vão dar origem ao IVH (Índice de Valor Humano).
O IVH é uma das evoluções que estão sendo introduzidas no cálculo do IDH. A partir do IVH os governos e as ONGs poderão orientar seus trabalhos, seus processos na criação de políticas públicas e iniciativas privadas para de fato melhorar a vida das pessoas atuando nas áreas, nos problemas e nas carências que mais afetam a população.
Através do IVH, o PNUD pretende identificar pelo país uma série de diferentes PPPs (práticas parentais positivas) que certamente ajudarão na construção de valores que visam o bem comum.
Não basta saber que mais crianças estão nas escolas. É interessante saber como está a qualidade do ensino. Não basta saber que a expectativa de vida cresceu se a mortalidade infantil não baixou. É preciso encontrar novas fórmulas de identificação dessas carências. As demandas da população e essas realidades não podem ficar mascaradas por um índice baseado apenas na média geral.
(com informações da assessoria de imprensa)
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