Não, obrigada, não quero mais um folheto!

Estou de férias e aproveito os dias de folga para colocar a leitura em dia. Apesar de adorar a internet, gosto de papel, do cheiro de livro novo e adoro folhear revistas.

Isso, no entanto, não me deixa cega a uma realidade que me incomoda muito: a quantidade de papel que é desperdiçada pelas editoras de revistas em folhetos promocionais.

Acredito que esse é o tipo de ação de marketing que já deveria ter sido banido da face da terra, pelo bem do próprio planeta.

São páginas e mais páginas, na tentativa de convencer o leitor a renovar a assinatura de uma revista ou mesmo adquirir uma nova publicação.

Não, obrigada, não estou a fim de ganhar uma bolsa dupla face, que é “perfeita para o meu dia a dia”. Também não quero uma “mala spazzio em nylon cinza com bolsos laterais e um frontal na cor laranja”. E, por favor, não insista: não vou concorrer a um novo “sorteio milionário”!

O irônico de tudo isso é que essas mesmas revistas, vez ou outra, publicam matérias sobre preservação do meio ambiente, consumo consciente e que tais. Numa cajadada só, porém, incentivam o leitor a percorrer o caminho inverso.

Somente nesses primeiros dias do ano, já aumentei –e muito - minha cota pessoal de papel para reciclar. Estão lá, no quarto da bagunça, prontos para ganhar vida nova, dezenas de folhetos da editora Abril, Globo e Seleções do Reader’s Digest – esta, em especial, campeã em mandar papel para a casa dos assinantes.

Se você também se incomoda com todo esse gasto de papel, envie uma “carta de protesto” para as editoras. Carta é modo de falar, claro, porque a internet está aí para isso. Encha o saco das editoras e não deixe de reclamar!