Entre os dias 7 e 10 de dezembro acontece em Brasília a VIII Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. A proposta da Rede Não Bata, Eduque! é gerar um amplo debate que promova a adoção de uma lei brasileira contra a violência física praticada contra meninos e meninas.
A Rede Não Bata, Eduque! produziu um estudo para apoiar os debates na Conferência Nacional, estaduais e municipais da Infância. Segundo as pesquisadoras responsáveis pelo trabalho - Isadora Garcia, Marianna Olinger e Simona Gomes (do Insituto Promundo) - os resultados mostram que essas práticas se transmitem entre gerações. O documento diz também que, na maioria dos casos, quem usa o castigo físico ou humilhante é a mãe, por estar mais presente na vida dos pequenos.
"Através de declarações de meninos e meninas, pudemos ver que eles se ofendem com os castigos físicos e humilhantes. A criança se sente impotente para reagir, se sente desmoralizada em relação ao adulto e se ressente. Mas uma coisa surpreende: a criança aceita o castigo e consegue se ver aplicando a violência a outras crianças, aos irmãos e no futuro, até aos seus filhos imaginários", explica Isadora Garcia.
Além de disseminar a urgência de colocar a causa dos castigos físicos e humilhantes na pauta do debate nacional dos Direitos Humanos da Criança e do Adolescente, o evento tem como um dos objetivos construir uma plataforma sobre o tema, com contribuições de organizações nacionais, internacionais e de crianças e adolescentes.
(Fonte: www.andi.org.br)
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