
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançou, nesta semana, a tradicional publicação "Políticas Sociais: Acompanhamento e Análise". O material é composto por quatro volumes de reflexões sobre aspectos sociais no Brasil desde a Constituição de 1988. Os livros trazem análises sobre o desempenho do País em 12 áreas sociais, como previdência, saúde, seguridade, educação, segurança pública e desenvolvimento agrário.
Para o diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea e coordenador da publicação, Jorge Abrahão de Castro, a Constituição de 1988, apesar de incompleta e tardia, é um marco, inclusive para a economia do País. "Não dá mais para os economistas desprezarem o papel dessa estrutura montada na área social, se pensarmos em uma economia que busca o desenvolvimento com inclusão e sustentabilidade ambiental", afirma.
A publicação do Ipea mostra que, na análise dos últimos 20 anos, é visível que a participação social ainda é frágil e precisa avançar. Do mesmo modo, são necessários incrementos na cobertura urbana da previdência, na integralização dos serviços de saúde e na política de trabalho e renda. Na área de desenvolvimento agrário, o estudo indica a necessidade de ampliar a distribuição de terra e aprofundar a cobertura da política social, que à exceção da Previdência, ainda é insuficiente.
Nas quase mil páginas dos quatro livros, os técnicos do instituto avaliam em quais áreas houve avanços, quais tiveram mais dificuldades, e apontam lições aprendidas nesse período de 20 anos. "Para nós, é um documento histórico porque faz a reflexão da política social brasileira nos aspectos mais gerais de 1988 para cá", resumiu o diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, Jorge Abrahão.
Confira a publicação na íntegra: http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/politicasocial/html/script/home.html
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